quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Saúde: Gastos em I&D ultrapassaram os 160 mil milhões de dólares


Em 2005, a despesa total em I&D na área da Saúde atingiu os 160.3 mil milhões de dólares, o valor mais elevado dispendido nesta área, divulgou um relatório do Global Forum for Health Research.
Apesar deste elevado nível de investimento, os esforços de investigação não têm vindo a atenuar os significativos problemas ao nível da Saúde que afectam os países em vias de desenvolvimento, noticia o “Pharmiweb”.O relatório – a única publicação que contabiliza a despesa total dispendida em I&D na área da Saúde, revelou que os países do G7 foram responsáveis por 88% do total de investigação pública em saúde empreendida por países desenvolvidos, em 2005. Além disso, 97% dos gastos em saúde continuam a ser conduzidos por países desenvolvidos e os restantes 3% por países em vias de desenvolvimento.A maior parte dos capitais gastos por países desenvolvidos foram investidos em novos produtos, processos e serviços solicitados para os seus próprios sistemas de saúde.É, também de salientar que, a Suécia e a Finlândia excederam os objectivos definidos pela União Europeia no que respeita ao nível de gastos em investigação, 3% do PIB. No extremo oposto, Portugal e a Grécia continuam por atingir o 1% estabelecido para os países da União Africana.«Milhões de pessoas continuam a sofrer e a morrer todos os anos devido a doenças que afectam desproporcionalmente as populações mais carenciadas. Por exemplo, em todo o mundo, cerca de 10 milhões de crianças com menos de cinco anos morrem todos os anos e 97% da mortalidade infantil ocorre nos países em vias de desenvolvimento», alertou o director executivo do Global Forum, Stephen Matlin.Nos próximos 25 anos, a situação nos países em vias de desenvolvimento irá tornar-se ainda mais complexa, à medida que os problemas de saúde associados aos países desenvolvidos afectam cada vez mais pessoas.Em suma, o relatório sugere que o actual estado da saúde adulta a nível mundial se caracteriza por três tendências principais: a desaceleração e o aumento da desigualdade na saúde, o aumento da complexidade da doença e a globalização dos riscos de saúde na população adulta.«Condições crónicas como doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais e diabetes são, actualmente, responsáveis por 60% das mortes a nível mundial, sendo que 80% destas mortes ocorre nos países em vias de desenvolvimento», alertou o chefe do Foundation Council of the Global Forum for Health Research, Gill Samuels

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