As farmacêuticas portuguesas poderão começar a exportar medicamentos para o mercado russo no segundo semestre de 2010. Visto que os medicamentos portugueses terão de ser certificados pelas autoridades competentes russas, como é prática universal, calculo que começaremos a exportar para este mercado no segundo semestre de 2010», declarou Carlos Araújo à “Lusa”, depois de reuniões realizadas com várias farmacêuticas russas.
São várias as farmacêuticas portuguesas que fazem parte da PharmaPortugal, plataforma constituída pela APIFARMA, INFARMED e AICEP, com o objectivo de promover internacionalmente a Indústria Farmacêutica portuguesa.
Na delegação que se deslocou a Moscovo estão empresas como a Medinfar, Tecnimede e o Grupo Azevedos.
«O objectivo desta primeira visita visou estabelecer contactos com as autoridades russas do sector dos medicamentos, bem como com empresas russas do ramo», afirmou o presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde à agência de notícias.
«Assinámos com a ROZDRAVNADZOR (entidade russa equivalente ao INFARMED) um programa de cooperação com três grandes objectivos: assinatura de acordos bilaterais para facilitar a penetração das farmacêuticas russas e portuguesas nos mercados; troca de experiência sobre informação aos cidadãos; luta contra a contrafacção de medicamentos», adiantou Vasco Maria, acrescentando que «90% dos medicamentos vendidos na Internet são falsos, entre 30 e 40% dos medicamentos vendidos na Rússia e países vizinhos são contrafeitos. Este é um dos problemas importantes a resolver».
«O mercado russo de medicamentos tem amplas potencialidades de crescimento e é uma oportunidade para as empresas portuguesas do ramo», sublinhou o presidente do INFARMED.
